sexta-feira, 1 de março de 2013

últimas notícias CASO BRUNO; O JULGAMENTO Segundo tempo do júri promete mais espetáculos

Na próxima semana, sete jurados irão dizer se o goleiro Bruno Fernandes é o mandante da morte de Eliza Samudio. Segundo especialistas, o júri, que começa na segunda-feira, será o segundo tempo de uma final de campeonato que teve início em novembro, quando o ex-braço direito de Bruno, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, foi condenado a 15 anos por participação no crime. Se o segundo tempo seguir o ritmo do primeiro, haverá lances de espetáculo no Fórum de Contagem, na região metropolitana, e manobras protagonizadas pelas defesas dos réus. 

Essa será a primeira vez em que Bruno irá falar após a confissão parcial de Macarrão. Sua defesa adiantou que ele irá jurar inocência e que não há provas que o incriminem. A segunda reportagem de uma série que O TEMPO publica sobre o crime mostra tumultos que movimentaram o caso e os que ainda podem surgir.

Na etapa anterior, em novembro, após vários "dribles" de advogados, o goleiro conseguiu adiar o julgamento. Para o promotor do caso, Henry Wagner Vasconcelos, a medida foi um tiro no pé, pois culminou na condenação de Macarrão - que apontou o então melhor amigo como mandante do crime. 

Para o criminalista Pedro Lazarini Neto, a primeira tentativa de tumultuar o processo foi a entrevista do primo do goleiro, Jorge Sales, ao "Fantástico", no último domingo. "Foi uma ação da defesa para colocar Bruno como vítima e incriminar Macarrão. Mas o rapaz prejudicou o goleiro, demonstrando estar mentindo". O vídeo foi anexado ao processo, como prova. Jorge foi convocado como testemunha pelo Ministério Público e pela defesa, mas não é obrigado a comparecer, porque não mora em Contagem, e pode ser ouvido por carta precatória, segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

O também criminalista Marco Meirelles acredita em um novo "show". "Em 27 anos de profissão, nunca vi um tribunal tão tumultuado. Acredito que os advogados irão recorrer a novas estratégias, que só atrapalham os réus".

Segundo ele, os advogados podem tentar impedir a ida ao plenário de alguma testemunha para dizer que era imprescindível. "Se isso ocorrer, eles podem pedir adiamento do júri. Eles também podem pedir a presença de Macarrão, o que também suspenderia a sessão". 

O advogado de Bruno, Lúcio Adolfo Silva, garante que não quer atrasar a decisão. "Se houver adiamento, não será por minha parte". Já Francisco Simim, advogado da ex-mulher de Bruno, Dayanne, garante que quer logo o desfecho. "Para ela, a situação está tranquila. Não tenho interesse em adiar nada".

A juíza Marixa Fabiane Rodrigues autorizou que advogados dos demais réus no processo - Marcos Aparecido dos Santos, o Bola; Wemerson Marques, o Coxinha; e Elenílson Vitor da Silva - façam perguntas a Bruno e Dayanne. "Enquanto eu tiver a palavra para arguir os réus, usarei todo o tempo", adiantou Ércio Quaresma, defensor de Bola.




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